Lugar errado, hora errada, más decisões e pouca sorte são o que moldam o Zabrak anteriormente conhecido como Darth Maul.
Treinado para matar, Maul sempre abraçou o lado sombrio da Força. Ainda assim, muitas de suas emoções são naturais para nós e fazem parte de nossas vidas assim como em uma galáxia muito, muito distante: medo, raiva e arrependimento.
Embora Maul possa ter aparecido como um vilão facilmente descartado no Episódio I, aparecendo e desaparecendo de maneira bem dramática, ele foi trazido de volta na animação The Clone Wars e até mesmo deu uma palhinha em Solo, mas a história da sua vida é apenas um reflexo de um vilão que talvez acredite ser o herói de sua própria história.
Parte da hierarquia conhecida como A Regra de Dois, instaurada por Darth Bane, Maul fazia parte de uma longa linhagem de aprendizes que cresciam e de certa forma eram treinados para matarem seus mestres, mas a vida dele foi um desafio muito bem antes disso, com a Mãe Talzin e Palpatine negociando o destino do jovem em testes para um Irmão da Noite ideal.
O Escolhido Não Escolhido
Treinado por Palpatine para odiar Jedi, a base de tal sentimento havia sido plantada pelo próprio Maul: se eles saíam por aí descobrindo seres sensitivos à Força, por que nunca lhe acharam? Para justificar isso, Maul – com toda a certeza protegendo seu ego – se convenceu de que foi escolhido para um propósito maior. Como aprendiz de Palpatine, seu status como um Sith deu forma a esse pensamento. Um instrumento de ódio, um muro que iria parar os Jedi, ele encontrou seu fim como aprendiz de Palpatine na Batalha de Naboo, mas não antes de matar Qui-Gon Jinn, que treinaria o jovem Anakin Skywalker que estava profetizado a cair para o lado sombrio e trazer o comando da galáxia para os Sith. De certa forma, Maul estava certo em fazer parte de algo maior. Olhando através da perspectiva de Maul, entretanto, dá para ver que a sua chance de brilhar estava fadada ao fracasso desde o começo: Qui-Gon foi o primeiro Mestre Jedi contra quem lutou, e Obi-Wan o segundo Padawan. A fim de provar que estava certo e acreditando que aquele era seu destino, ele perseguiu ferozmente os Jedi ao invés de ir para o seu verdadeiro objetivo: a Rainha Amidala, abrindo caminho para o Escolhido. Procurando uma família que nunca teve após sua quase-morte pelas mãos de Kenobi, Maul apenas sabia existir usando as ferramentas que Sidious o deu, o que explica a relação fria entre ele e seu irmão, Savage Opress, que argumentava contra a necessidade de uma relação mestre-aprendiz entre eles. Durante as Guerras Clônicas, tudo que Maul fez foi para atrair a atenção de seu antigo mestre, demonstrando competência e crueldade. Tudo que fazia era uma isca para atrair outros, incluindo tomar o controle de Mandalore para atrair Kenobi. Se Maul fosse um jogador de xadrez, ele seria aquele que apenas move as peças pelo tabuleiro, porque nunca foi um verdadeiro estrategista, apenas um assassino.
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Usurpando o Sabre Negro
Entretanto, ele nunca desejou desaparecer ou não ser visto. Sendo movido pelo medo, ele comandava o mesmo medo enquanto moldava o submundo que seria seu legado após sua partida, e o seu sentimento de grandeza deu início a Guerra Civil Mandaloriana. Em posse do Sabre Negro, ele agora provava a todos sua verdadeira importância. Claro, eventualmente Palpatine respondeu a Maul, mas não da forma que ele esperava. Ao invés de ser acolhido, ele e Savage foram derrotados por Sidious, e então ele finalmente entendeu que há muito não tinha esperança de reconquistar seu lugar ao lado de seu mestre.
Depois de ser libertado por Mandalorianos leais a ele, Maul ainda acreditava que Kenobi viria confrontá-lo em Mandalore por serem inimigos juramentados e cujos destinos estavam ligados. Obi-Wan, entretanto, estava ocupado lidando com a manobra de cerco em Coruscant pelas mãos do General Grievous, e Ahsoka Tano foi enviada para lidar com ele com a ajuda de Bo-Katan Kryze, que reconheceu seus erros em ajudar Maul a ascender ao trono. Derrotado, ele foi colocado de volta ao escanteio, mas se viu como uma figura central na sobrevivência de Ahsoka Tano, pois se ela não o tivesse capturado, ele seria incapaz de derrubar a nave com clones que tiveram a Ordem 66 ativada. Novamente, Maul foi usado como aquilo que havia treinado para fazer: ser uma arma. Enquanto Ahsoka desapareceu se tornando mestre de outros e ajudando a Rebelião contra o Império, o destino de Maul era um reflexo sombrio da jornada dela. Como chefe da Aurora Escarlate, ele influenciou diretamente nos destinos de Qi’ra, Enfys Nest e até mesmo Han Solo. Ele poderia contentar-se por ter um papel significativo, porém desconhecido, na jornada de todos eles. Mas isso seria demais.
Uma Estranha Piedade
Desde sua juventude, Maul acreditava na Profecia do Escolhido, antes mesmo do jovem Anakin ser descoberto em Tatooine. Irônico em dizer que ele tinha mais fé no menino do que o Conselho Jedi. Por isso que seu destino é tão poético: desde uma breve mentoria a Ezra Bridger e sua verdadeira morte nas mãos de Obi-Wan Kenobi em um local simples: uma fogueira em um deserto, não fazendo parte de um confronto de sabres de luz, mas sim um de personalidades: sua raiva contra a serenidade de Kenobi. Ao confrontar o velho Jedi, Maul teria tido influenciado a história caso o derrotasse. Sentindo que Kenobi era guardião de alguém e até mesmo durante seus momentos finais, acreditou que o Escolhido (erroneamente mencionado como Luke Skywalker) iria vingá-los, provando que suas lutas, visões e crenças sempre foram verdade. Até mesmo enquanto morria, ele não conseguiu se desprender de sua amargura ou de seu passado.
Maul acreditava mais na Profecia do que todo mundo, mas ainda assim, tudo o que ele fazia dependia de sua má interpretação dela. Não só Maul nunca foi um herói, mas ele também serve para mostrar como vilões persistem e continuam a buscar objetivos que verdadeiramente nunca os recompensam.
Se você quer se relembrar de mais detalhes da história dele, confira o vídeo de história completa!
Que conteúdo excelente desse personagem tão icônico pra saga!!
Opa, muito obrigado 😀