O livro “A Princesa e o Cafajeste” fez parte das comemorações do aniversário de 40 anos de Star Wars – O Retorno de Jedi, e traz o casamento da Princesa Leia e Han Solo.
A história é simples, focando no casal, seu casamento e lua de mel. Após a destruição da Segunda Estrela da Morte e a queda do Império, os rebeldes comemoram na lua florestal de Endor e Han pede Leia em casamento. Mesmo com a morte do Imperador, o Império não acabaria do dia para a noite e os rebeldes ainda tinham muito trabalho a fazer. Pensando nisso, Han e Leia se casam já em Endor e partem para uma rápida lua de mel.
O início em Endor é divertido e traz pontos interessantes, principalmente com Leia. A descoberta de que seu pai biológico era Darth Vader a abala bastante e por esse motivo ela se fecha para o aprendizado Jedi. Leia chega até mesmo a encontrar a pira funerária de Anakin, mas não consegue diferenciar o Cavaleiro Jedi do Lorde Sith como o irmão. Afinal, ela passou por torturas físicas e psicológicas nas mãos dele.
Mas apesar do começo rápido, o casamento acontece já no início do livro, partimos para uma viagem de lua de mel arrastada e há um motivo bem chato para isso. A lua de mel acontece no cruzeiro estelar Halcyon, uma nave luxuosa que está pela galáxia desde a Alta República e após a queda do Império marcou uma viagem reinaugural usando o casamento de Leia e Han como golpe publicitário.
Porém o maior golpe publicitário é exatamente esse (longo) trecho do livro. Halcyon é a nave usada pelo hotel imersivo de Star Wars, e uma série de conteúdos foi criado para construir uma história por trás do cruzeiro. Aparecendo em livros da Alta República e até mesmo uma HQ focada nas viagens “históricas” da nave. Não pegou. A experiência era caríssima, inclusive para os próprios estado-unidenses, e o hotel não durou dois anos.
Para o livro resultou em uma parte arrastada e demorada onde Leia procura formas de alterar o roteiro do cruzeiro para encaixar uma “visita diplomática”. Por toda a história, Leia põe mais esforço em buscar ajudar os rebeldes do que em sua lua de mel. Dentro da personagem essa abordagem faz sentido, mas acaba sendo cansativo, ainda mais porque isso gera mais de dois terços do livro onde nada acontece.
Até que finalmente chegamos na lua de Madurs, uma pequena lua gélida que possue um recurso natural visado pelo Império. Lá há mistério, ação e uma pequena batalha espacial. Toda a parte em Madurs é bem construída, divertida e interessante, uma pena que demore tanto para chegarmos lá.
No geral é uma boa leitura. A autora se preocupa em trazer pontos dos filmes, de outros livros, de HQs, enriquecendo muito a história com detalhes que fãs podem pegar. Como fã declarada de Qi’ra, a primeira namorada de Han, ter menções dela e do que acontece nos quadrinhos foi um presente.
“A Princesa e o Cafajeste” já está disponível pela Universo Geek.
