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THE BAD BATCH: EPISÓDIO 4 (ANÁLISE COM SPOILERS) | Canal do Mando

A terceira e última temporada de The Bad Batch já está entre nós! Então, vem comigo para a nossa análise completa do episódio 5, intitulado “O Retorno”. Lembrando que esse artigo está repleto de SPOILERS! Então, daqui em diante é por sua conta e risco…

Bom, como o próprio título já sugere, esse episódio se trata de retornos. Primeiro, o retorno dos integrantes do Bad Batch à ilha de Pabu, local onde criaram uma base e que passaram grande parte da 2ª temporada. Outro retorno é o do próprio Crosshair para com seus ex-companheiros, algo que representa grande parte da tensão nesse início do episódio. Com Crosshair relutante em dar o primeiro passo em direção ao perdão de seus irmãos e Hunter relutante em dar uma segunda chance ao Crosshair. No meio de tudo isso, temos a Ômega, que está atuando como uma mediadora entre os dois, já que o Wrecker já admitiu que confia tanto na Ômega, que se ela confia no Crosshair, isso já basta pra ele. Mas ao longo do episódio, veremos que as circunstâncias irão, aos poucos obrigando crosshair e Hunter a se acertarem. Mesmo que de maneira mais ríspida e até meio agressiva, mas como o Wrecker falou, sempre foi assim e eles sempre se acertaram. Ainda em Pabu, tivemos mais um retorno, o de AZI, o dróide médico. Ele está auxiliando crosshair em seu treinamento de precisão, que infelizmente está comprometido graças a uma tremedeira incessante em sua mão, fazendo com que sua eficácia caia quase pela metade, baixando a precisão de seios tiros para míseros 53%. Apesar disso, AZI performa diversos exames e testes no clone, porém, todos os resultados deram como normais. Dando a entender que sua tremedeira se dá por algum fator psicológico, ao invés de físico.

Que, como nosso grande mestre Vébis lembrou, é uma alusão ao filme “Resgate do soldado ryan”, onde o personagem do tom hanks passa pelo grande trauma que foi a chegada das tropas americanas no Dia D, na normandia durante a 2 guerra mundial. Resultando em tremedeiras, dificuldade de concentração e outros sintomas. Tudo isso também por conta de traumas internos e psicológicos. O que inevitavelmente acaba privando o crosshair do seu maior dom, que acaba sendo grande parte de sua identidade também. O que faz com que a gente fique esperando pra ver, quem é o crosshair, sem ser o sniper? Ele até comenta um pouco disso nesse episódio, falando que ser um sniper não é apenas sobre olhar pela mira e apertar o gatilho, é sobre ler o ambiente, antecipar situações, e mais importante, saber quando está sendo observado. Eu acho que privar o personagem de seu maior poder é algo que dá a oportunidade desse personagem se provar e se tornar algo ainda maior, como quando o homem aranho ficou sem seus poderes, ou quando o hércules perde sua força divina. É justamente através das escolhas que eles fizeram depois disso, que fez com que eles evoluíssem ainda mais como personagens. E eu to ansioso pra ver isso rolando com o crosshair…

Depois disso, mais outro retorno, dessa vez do Echo, que chega e já convoca uma reunião para que eles consigam cruzar informações entre suas missões paralelas com o Rex e as novas informações que Ômega e Crosshair descobriram durante seu tempo em Tantiss. Isso faz com que Crosshair sugira uma base imperial, na qual ele passou um tempo, com o objetivo deles conseguirem ter acesso a mais dados sobre o que rolava em Tantiss. Por serem dados criptografados, todos se recordam do Tech, que infelizmente nos deixou no final da 2ª temporada, mas que ainda está presentes em momentos como esse, ajudando a dar ainda mais peso e gravidade para a sua morte, que apesar de muito sentida por todos nós, foi o sacrifício necessário a ser feito naquele momento.

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Sendo assim, nós temos o último retorno do episódio, que é justamente o retorno à base imperial de Barton IV, planeta esse que conhecemos no 12º episódio da 2ª temporada. Onde acompanhamos, Crosshair, Mayday e seu esquadrão durante uma missão de recuperar suprimentos roubados por bandidos locais. Apesar da missão não ter sido bem sucedida, Crosshair se recusou a abandonar seu companheiro e acabou conseguindo resgatar Mayday de uma avalanche. No entanto, ele teve o apoio médico negado pelo Tenente Nolan. Fazendo com que Crosshair matasse o tenente por isso e desertasse o Império. Aquele episódio representou um baita ponto de virada para o crosshair, uma ação que o colocou justamente na posição que vemos hoje. Então, retornar para Barton IV justamente nesse episódio de conciliação entre ele e seus companheiros do Bad Batch é algo muito simbólico e fecha esse ciclo narrativo que havia sido iniciado lá na 2ª temporada. Nós até tivemos um momento do crosshair ajeitando o capacete do Mayday e de seus ex-companheiros, como um sinal de respeito, admiração e reverência aos seus irmãos caídos. Esse detalhe não passou batido pelo Hunter, que, deu pra perceber, que ficou mexido com a cena e com certeza contou pontos a favor do Crosshair.

Essa base imperial, reclusa e gelada me lembra muito a vibe e a locação de um dos meus filmes favoritos, o clássico filme de terror e sci-fi: “um enigma de outro mundo”, de 1982. Contando a história de uma base de pesquisadores na Antártica, que acaba sendo invadida por um ser misterioso. Falando nisso, a base de barton iv está cercada por sensores sísmicos , que mais pra frente, são revelados como repelentes de uma criatura perigosa e gigantesca, um verme subterrâneo que é afastado pela alta frequência dos sensores. E isso me lembrou demais os vermes de arrakis, em Duna, que são atraídos por pequenos sensores, que produzem um ritmo constante. Esses vermes também lembram muito aqueles do filme de 1990, “O ataque dos vermes malditos” com Kevin Bacon. E pra fechar as referências a criaturas, temos um breve vislumbre de um abutre do gelo, aquela ave misteriosa que vimos na segunda temporada, segundo Mayday, eles são criaturas mortais, e que são capazes de fazer qualquer coisa para sobreviver. Esse pássaro representa a verdadeira natureza e vontade do crosshair.

Mas voltando, talvez o ponto mais vital desse capítulo tenha sido a DR entre o crosshair e o hunter. Com crosshair jogando na cara do hunter que ele está frustrado porque a omega conseguiu escapar de tantiss graças ao crosshair, e não dele. Que o hunter não esteve lá quando ela precisou mas que o crosshair esteve. Isso obviamente faz com que eles batam as cabeças, mas depois de ser salvo pelo crosshair e ter visto que ele realmente está arrependido, ambos fazem as pazes. Com crosshair admitindo que se arrepende de muitas coisas que fez e hunter dizendo que ninguém sabia ao certo o q tava rolando durante o início do Império e o q passou passou… Por fim, eles acabam descobrindo alguns dados médicos, mas mais importante, descobrem que a quantidade de clones presentes na base de tantiss é muito maior do que imaginavam, e que eles precisam ser salvos. O que os leva a deixar a base e iniciarem seus planos para essa grande missão.

No geral, achei que o episódio foi curtinho, mas muito bom, entregando cenas de ação maneiras e aprofundando bem o personagem do crosshair é essa reconciliação dele com o hunter. Passou bem a vibe de irmãos que brigam, quebram o pau, mas depois acabam se acertando, da sua maneira. Eu, por ter 2 irmãos mais novos, me identifiquei bastante. De qualquer maneira, semana que vem teremos 2 episódios de uma vez, indicando um possível arco narrativo maior e quase chegando na metade da temporada. Então estou com uma boa expectativa, acho que promete…

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